terça-feira, 2 de setembro de 2014

PROJETOS PROMOVEM SUSTENTABILIDADE NA ÁFRICA

No Zâmbia, a maior parte da população não tem emprego ou é alfabetizado. Para tentar mudar, pelo menos um pouco, esse quadro, uma empresa se instalou no país e emprega 40 zangoleses – a Zambikes International.


A Zambikes International produz bicicletas utilizando o bambu, um material que não exige grande tratamento ou processo de industrialização. Os trabalhadores, além do emprego e do salário, organizam o treinamento dos funcionários e também o transporte, com utilizaço das bicicletas.
As bicicletas podem também ser adquiridas na Loja Virtual da Zambikes (em inglês).
Já o projeto PeePoo pretende melhorar a saúde pública das 2.6 bilhões de pessoas que não tem acesso a banheiros. Andres Wilhelmson, da Suíça, inventou uma pequena sacola biodegradável chamada PeePoo, com bactérias que neutralizam a urina. Assim, as pessoas poderiam usar a embalagem para armazenar seus excrementos e descartá-los sem correr o risco de infectar outras pessoas. Além disso, a proposta é que o material seja recolhido e, depois do tratamento necessário, seja usado como adubo.
Porém, para provar que a proposta é viável, foi criada a PeePeople, uma organização para colocar o projeto em ação. O financiamento de $2 milhões foi dado por uma entidade holandesa, o que permitiu que os saquinhos fossem distribuídos em Nairobi, no Quênia. A ação, que será realizada até 2013, será acompanhada de uma campanha que ensina e incentiva o uso dos PeePoos.

As embalagens são então responsáveis por não permitir a disseminação de micro-organismos responsáveis pela diarreia, uma das principais causas de morte de crianças de menos de cinco anos de idade.


Enviado por: Breno Padua

sábado, 30 de agosto de 2014

PROJETO DE ESCOLA NA AFRICA FEITO PELAS PRÓPRIAS CRIANÇAS

A escola primária situada no vale de Durbanville, próximo da Cidade do Cabo, África, pôde ser renovada graças à colaboração de três empresas e do projeto feito pelos próprios alunos, que são filhos de agricultores ou de famílias de renda muito baixa.
O projeto foi patrocinado por três empresas sul-africanas: Woolworths, Safmarine e AfriSam, que disponibilizaram um container de 12m de largura. Foi realizado um concurso no qual os alunos do ensino médio deveriam transformá-lo em uma sala para 25 crianças.
O vencedor foi Marshaarn Brink, 15 anos, que impressionou os juízes com suas ideias para o exterior, armazenagem interna, entre outras. A sala tornou-se a nova biblioteca da escola. Veja algumas fotos do projeto.


Enviado por: Marcos Vinícius

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

ÁFRICA DO SUL ACUMULA ESTÁDIOS SEM UTILIDADE APÓS COPA

Estruturas construídas para o evento não fizeram o futebol decolar no país


Com vista para a turística Montanha da Mesa e cercado por um parque à beira do Atlântico, o belíssimo estádio de Green Point se tornou cartão postal da Cidade do Cabo e o principal elefante branco da Copa. Erguido a um custo de quase R$ 1 bilhão aos cofres públicos, além de passar boa parte do ano absolutamente vazio e sem uso, ainda causa um prejuízo de R$ 10 milhões anuais somente em manutenção.
No final do ano passado, a prefeitura da Cidade do Cabo chegou a considerar a possibilidade de demolir a construção a um custo de R$ 4 milhões, porém acabou desconsiderando a ideia e hoje busca soluções para tornar o estádio viável economicamente.
O exemplo da Cidade do Cabo não é o único caso de desperdício de dinheiro entre as arenas erguidas na África do Sul para o Mundial de 2010. Em Durban, o gigante Mosses Mabhida não atrai público o suficiente com o futebol do time local AmaZulu. Para tentar compensar gastos com manutenção, o estádio é usado para shows e feiras. Além disso, de segunda à sexta, as portas ficam abertas para o público que deseja pular de bugee jump.
No Nelson Mandela Bay, construído na cidade de Porto Elizabeth, a realidade não é muito diferente. Tendo recebido menos de 20 jogos de futebol desde o fim da Copa do Mundo de 2010, a administração do estádio vende o local como o "salão perfeito para a sua festa de casamento" e já sediou quase 60 eventos privados nos últimos quatro anos.
Para o economista e urbanista Pillay, a atual realidade dos estádios sul-africanos não será necessariamente o futuro do Brasil.
— Os brasileiros são grandes fãs do esporte, não acho que as arenas ficarão vazias. Aqui na África do Sul o futebol nacional não tem tanta força. Tirando Soccer City, os estádios se mantém hoje por causa do rúgbi — diz se referindo ao Loftus Versfelf, de Pretória, e ao Ellis Park, em Joanesburgo, que também são palco para partidas de rúgbi, uma das grandes paixões da nação.
Soccer City ajudou a desenvolver Soweto
Modernizado para a Copa do Mundo de 2010, Estádio Soccer City custou mais de R$ 700 milhões à província de Gauteng. Mas entre a manada de elefantes brancos que hoje assombram o país, talvez seja a única construção que compensa o gasto de milhões. Apesar de não conseguir se sustentar somente com jogos de futebol e também precisar se render a shows privados e partidas de rúgbi, os investimentos resultaram no desenvolvimento da área de Nasrec.
De acordo com relatório do governo municipal, as autoridades viram a Copa do Mundo como uma oportunidade de "restabelecer a região economicamente, socialmente e ambientalmente". Antes do Mundial, Nasrec era abandonada. Hoje, tem parques, postos de gasolina, avenidas e um anfiteatro que abriga até 500 pessoas.
Localizado às margens da township de Soweto, que abriga 40% da população de Joanesburgo, o estádio também garantiu uma melhoria no acesso ao transporte público e hoje facilita a locomoção dos moradores.
Futebol não evoluiu
Mais de uma década desde o fim do apartheid, e o futebol ainda é considerado um "esporte de negros" na África do Sul.
— Achei que a Copa fosse mudar um pouco essa realidade, já que brancos, negros e mulatos se uniram para torcer. Mas quando o evento acabou, a união terminou junto — reclama Thabo DladlaDladla, diretor e fundador de um programa que oferece aulas de futebol para jovens e crianças carentes.
Escritor do livro "Desenvolvimento e Sonhos: a legacia urbana da Copa", o economista sul-africano Udesh Pillay concorda e afirma que faltou planejamento do governo.
— O Departamento de Esportes e Recreação deveria ter criado projetos para manter esse amor pelo futebol vivo — explica.

Enviado por: Marcos Vinícius

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

RELIGIÃO NA ÁFRICA



Existem vários tipos de manifestações, rituais e práticas religiosas na África, além de grande influência das crenças dos antigos índigenas africanos.
As religiões no continente estão distribuídas em mulçumanos, cristãos, religiões tradicionais africanas, além dos seguidores das igrejas independentes.
Como visto há uma grande diversidade religiosa proveniente das classificações dos povos que viveram e que vivem na África, assim como são diversas as práticas culturais, a música, a comida, etc.
Na África do Norte as religiões predominantes são o cristianismo e o islamismo, na África do Sul estão as religiões tradicionais, embora exista uma minoria que pratique o cristianismo, islamismo e hinduísmo.
A religião tradicional é composta pelo real, ou material e pelo invisível, espiritual. Assim, esses dois aspectos se comunicam, os dois são importantes dentro dessa crença. Esta religião tem como sinonimo no Brasil o candomblé, que consiste no culto aos Orixás, que são considerados deuses:


Oxalá – Pai de todos os Orixás;
Exu – Senhor dos Caminhos;
Ibeji – Gêmeos que protegem as famílias e as crianças;
Ogum – orixá Guerreiro;
Nanã – Mãe de Obaluaiê e Oxumaré, protetora dos doentes;
Oxossi – Orixá caçador, protetor dos caçadores, da mata e dos animais;
Iemanjá – Considerada por muitos como rainha dos mares e mãe de todos os Orixás ao lado de Oxalá, representa harmonia na família;
Ossaim – Orixá das plantas em geral, principalmente das ervas medicinais;
Obá – Representa o equilíbrio, justiça, uma das esposas de Xangô;
Obaluaiê – (Omolu, em sua forma velha). Conhece a cura de todos os males, por ser o deus das Pestes;
Logun-Edé – Responsável pelos leitos de mares e rios, filho de Oxum com Oxossi;
Oxumaré – Protetor das grávidas, Orixá da fortuna e da sorte;
Iansã – Senhora das tempestades, dos raios e dos ventos, Orixá guerreira;
Ewá – Rainha da magia, representa as chuvas;
Oxum – Rainha do ouro, do amor e de todas as águas doces;
Xangô – Orixá da Justiça.

Enviado por: Vinícius Eduardo

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

29 INFORMAÇÕES E CURIOSIDADES SOBRE A ÁFRICA


1.     Com 30 milhões de quilômetros quadrados, a África é o terceiro maior continente do mundo. Ela cobre 20% das terras do planeta.
2.     O maior país africano é o Sudão, com quase 10% do território continental. O segundo maior é a Argélia.
3.   O menor país do continente são as Ilhas Seycheless, na costa do Índico, próximo a Madagáscar. O segundo mais pequeno é São Tomé e Príncipe, na costa atlântica.
4.   A África é o segundo continente mais populoso do planeta, com um contingente populacional que, em 2005, somava mais de 1 bilhão de pessoas.
5.   O país mais populoso é a Nigéria, com aproximadamente 135 milhões de pessoas. O segundo com maior população é o Egito, com cerca de 80 milhões de habitantes. O terceiro é a Etiópia, com 76 milhões (dados de 2010).
6.   As cidades mais populosa da África são: Lagos, Nigéria (8,7 milhões de habitantes); Cairo, Egito (7,7 milhões de habitantes); Kinshasa, República Democrática do Congo (6,3 milhões); Nairóbi, Quênia (4 milhões) e Adis Adeba (3,6 milhões) (dados de 2011).
7.   A maioria dos habitantes do continente segue o cristianismo, o islamismo e as religiões tradicionais africanas. A porcertagem de cristãos é maior no sul e de islamistas no norte. Existem ainda adeptos do budismo, hinduísmo e outras religiões, como a fé baha’i.
8.      O primeiro Estado africano foi o Egito, formado há mais de 5000 anos atrás.
9.   Os países africanos foram por muito tempo colonizados por europeus. Os movimentos de independência do continente só começaram a tomar corpo após a Segunda Guerra Mundial, quando a Europa foi praticamente destruída pelo conflito. Países como Egito, África do Sul, Gâmbia, Zâmbia e Zimbábue foram colônias britânicas. Angola e Moçambique pertenceram a Portugal. Os franceses colonizaram Tunísia, Marrocos, Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Mali, Congo e Madagáscar. A Itália colonizou a Líbia e a Somália. Os alemães ficaram com a Nigéria e a Namíbia.
10. Os países mais desenvolvidos da África – ou seja, com Maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - são, por ordem: Ilhas Seychelles, Ilhas Maurício, Tunísia, Cabo Verde e Argélia. Apesar de possuir o melhor IDH do continente africano, as Ilhas Seychelles está em 50o lugar no ranking geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
11. O último lugar no ranking de IDH da Organização das Nações Unidas (ONU) é Serra Leoa. Não é sem motivos que é considerado o país mais pobre do mundo. Em Serra Leoa, a renda per capita é de 490 dólares por ano e a expectativa de vida é de apenas 39 anos.
12. Além de Serra Leoa, a lista dos 10 países mais pobres do mundo inclui Chade, Mali, Burkina Faso, Etiópia, Níger, Guiné, Guiné-Bissau, Benin e Moçambique.
13.  Como se não bastasse figurar num dos últimos lugares do ranking de IDH da Organização das Nações Unidos, o Chade é também considerado o país mais corrupto do mundo. Segundo o relatório anual da Transparency International (TI), uma organização não governamental que luta contra o fenômeno, o único país a ameaçar o Chade na triste posicão no ranking de corrupção é Bangladesh, na Ásia.
14.   A Costa do Marfim (Côte d’Ivoire, em francês) recebeu esse nome devido ao intenso comércio de marfim na região. Atualmente, a base da economia é o cacau e não o marfim como muita ainda gente ainda imagina.
15.  A capital da Tanzânia é a cidade de Dodoma, mas a maior parte da cúpula administrativa fica na maior cidade do país: Dar es Salaam.
16. A Costa do Marfim possui duas capitais: Yamoussoukro (capital constitucional) e Abidjan (sede do governo).
17. A África do Sul, por sua vez, possui três capitais: Pretória (administrativa), Bloemfontein (judiciária) e Cidade do Cabo (legislativa).
18.  Acredite, a universidade mais antiga do mundo não é nenhuma universidade européia. A mais antiga é a Karueein, no Marrocos, fundada em 859.
19.   Os três maiores lagos da África ficam no território da Tanzânia. São eles: Vitória, Tanganica e Malauí.
20.  Por falar nisso, você sabia que que, além de ser o lago mais profundo da África, o Tanganica possui espécies de peixes que só existem lá e em nenhum outro lugar?
21. A mais alta montanha da África é o Monte Kilimanjaro, na fronteira entre o Quênia e a Tanzânia, com quase 5.895 metros.
22. O maior deserto do mundo é o Deserto do Saara, no norte da África, cuja área é de 9.065.000 quilômetros quadrados, tamanho equiparado ao da Europa.
23.   Outro deserto bastante conhecido é o Deserto do Kalahari, no Sul da África. O Kalahari cobre partes da África do Sul, Namíbia e, principalmente, Botswana. O seu nome deriva da palavra Kgalagadi, que significa “a grande sede”
24.  O segundo maior rio do mundo é o Nilo, com aproximadamente 7088 Km de extensão. O Nilo corta 10 países da África (Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quênia, Rep. Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Sudão do Sul, Etiópia e Egito), vindo a desaguar no Mar Mediterrâneo.
25.   Dos 15 países mais afetados pela AIDS no ano 2000, 11 eram africanos. Atualmente o país com maior percentual de soropositivos é a África do Sul (12% da população). Aliás, a maior parte das vítimas do HIV no mundo habitam a chamada África Subsaariana, porção do continente ao sul do deserto do Saara.
26.  A população da África deve crescer mais do que a dos outros três continentes (a Ásia é exceção) juntos nos próximos anos.
27. O país com a menor taxa de urbanização do mundo é Burundi, com 89% da população vivendo em áreas rurais.
28. O país com a maior taxa de analfabetismo do mundo é Burundi, com um percentual de analfabetos de 22%. Detalhe: dos 10 países mais analfabetos do mundo, nove estão na África.
29. Existe uma grande fenda geológica que pode, num futuro distante, separar o nordeste da África do restante do continente. Chamada de Vale do Rift, a fenda é um complexo de falhas criado há cerca de 35 milhões de anos com a separação das placas tectônicas africana e arábica.

Enviado por: Breno Padua

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Africano cria impressora 3D com lixo eletrônico e sonha em construir casas em Marte

A imaginação do jovem togolês Kodjo Afate Gnikou vai longe. E a ânsia por concretizar seus pensamentos já mostra resultados. Afate tem 33 anos e realizou seu projeto em Lomé, capital de Togo.
A sua primeira conquista foi desenvolver uma impressora 3D usando como base lixo eletrônico, que é, inclusive, enviado a países da África por nações de outros continentes. O projeto foi iniciado por meio do Ulele, site europeu de financiamento coletivo, onde conseguiu 4 mil euros [cerca de R$ 11.800] em doações para criar seu protótipo.
A inspiração veio da imprensa 3D Prusa Mendel, modelo “popular” nos Estados Unidos e Europa. A W.Afate [nome do protótipo] foi feito com materiais reciclados e um aditivo de 100 dólares gastos para comprar algumas poucas peças novas, não encontradas nos lixões eletrônicos.
A ideia do projeto, porém, é mais ampla do que “simplesmente” diminuir [fazendo algo útil] o lixo eletrônico. Gnikou deseja enviar robôs com estas impressoras para Marte com o intuito de fazer casas para a humanidade [Ele mesmo admite que isto é uma utopia]. Este pensamento mirabolante foi destaque em Paris no International Space Apps Challenge, da NASA, com o nome de W.Afate to Mars.

Enviado por: Fernanda Cássia

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

AFRICA E A RAIZ DOS SEUS PROBLEMAS

O Continente africano, embora quase todo ele em paz, debate-se com um grave e agudo problema, que tanto as lideranças politicas quanto as religiosas e ate os académicos procuram esconder, como se com a peneira se pudesse esconder o sol.
Um pouco por todo o continente acompanham-se tumultos, revoltas, massacres, linchamentos e verdadeiros holocaustos dirigidos por populares que normalmente são chamados de rebeldes, criminosos, marginais e quase sempre rotulados de estarem a ser manipulados por forcas externas.
A onda de violência levantada por sul africanos contra seus concidadãos africanos, mostrou-se ao lado da onda de violência no Zimbabwe, de manifestações e linchamentos em Moçambique e de mortes no Quénia como um dos mais altos sinais de que África precisa chamar os seus problemas como seus respectivos nomes.
A xenofobia não 'e um fenómeno somente africano, como alguns pretendem pregar ao dizer que mesmo sem o apartheid os africanos não podem viver de forma harmoniosa. O ódio, a guerra e sede de derramar sangue do outro, o sangue daquele que por algum motivo 'e diferente, constituem situações que sempre acompanharam os homens ao longo da historia.
Contudo, mesmo ao lado dos mais variados avisos e previsões feitos por pessoas atentas e que racionalmente acompanham a evolução da historia, África mostra-se cada vez mas renitente em aceitar os seus problemas, bem assim mais distante de encontrar as soluções mais apropriadas.
Nota-se nos atuais discursos dos principais atores políticos, académicos e religiosos de que as nações africanas estão cada vez mais tranquilas e sem conflitos. Esta constitui a primeira maior mentira, assim como o primeiro maior desvio na busca de soluções para os problemas africanos.
O problema de África não 'e a legislação, o facto da legislação ser mais dura ou menos dura não vai tornar as sociedades mais pacificas e mais harmoniosas. Não 'e uma legislação que aboli o apartheid, que põe termino ao ódio racial ou que desestrutura as desigualdades sociais.
O convívio pacifico e harmonioso das sociedades parte de uma libertação interna, de uma libertação centrada na mente e no espírito da pessoa, sendo que uma mente ou um espírito realmente livre dos vícios e dos males jamais se predispõe a ele mesmo constitui-se como diz Hobbes, um lobo para o outro.
A realidade prova que a legislação aboliu o apartheid na África do sul mas que os cidadãos continuam debaixo do jugo da opressão social, das desigualdades e açoitados pela pela lei do mais forte, do mais esperto e do mais velho.
A realidade mostra que o acordo de paz que pôs termino a guerra civil em Moçambique e em Angola, não foi capaz de trazer paz aos cidadão desses países que, anos depois, continuam vitimas da miséria, da pobreza e da injustiça social.
A realidade mostra que as eleições democráticas, que se pretendem livres e justas, os princípios constitucionais, que se acreditam serem a mãe da nação, não foram capazes de garantir que Zimbabwe e Quénia, tivessem um período pós eleitoral maioritariamente aceite pelos cidadãos.
Vivemos um período em que os interesse prosseguidos pelos principais atores políticos, económicos e culturais não representam a vontade da maioria. África não quer aceitar que vive um período em que os seus governos não são legitimados pelo poder constituinte que 'e o povo.
As experiências vividas em maior dos países africanos, mostram um cenário em que os governantes caminham para o sul e os cidadãos para o norte. Embora as principais instituições financeiras de cooperação na maior parte dos países africanos propaguem em relatórios um crescimento económico generalizado, esquecem elas mesmas de apresentar o valor da divida que 'e acumulada e recusam-se de responsabilizar os maus gestores da coisa publica.
Os maiores problemas de África ainda residem na ambição imperialista e capitalista de certas minorias que ao lado do poder e parceiros económicos ridicularizam o choro, o clamor e o sofrimento do povo africano.
Os maiores problemas de África residem na mentira dos governantes que não querem aceitar que não haverá paz enquanto o povo, extremamente miserável e excluído, assiste o enriquecimento rápido e ilícito de certas minorias ligadas ao poder e ao saber.
O povo africano pode ser analfabeto mas não 'e burro. Pode não conhecer a origem dos seus problemas mas ele sente as consequências. Pode não ser capaz de visualizar o futuro mas percebe a insegurança que prevalece para si, para seus filhos e filhos de seus filhos. Os sul africanos, percebem muito bem que o legado do apartheid continua vivo e forte.
Hoje os sul africanos, percebendo que a sua situação econômica jamais melhorou, mesmo com o fim do apartheid, buscou nos seus semelhantes negros um bode expiatório. Mais do que pregar o mesmo discurso, os governantes deviam aceitar a situação a corrigi-la, porque se as desigualdades sociais prevalecerem e as oportunidade nunca existirem para o povo, novos bodes expiatórios serão inventados.
Como bem diz o ditado: "numa casa com fome todos ralham e ninguém tem razão", receio que nesse nadar o continente seja capaz de parar com a onda de violência que na atualidade o caracteriza. Receio que se as politicas publicas para a educação, para a saúde, para o emprego, para habitação e direito a alimentação adequada não forem inclusivas e participativas, a África nunca venha a experimentar a paz, a tranquilidade e a harmonia.

Enviado por: Micaele Alves